sexta-feira, 24 de abril de 2009

As Marias de São Bento


A carta acima datada de 20/04/09, foi enviada à Rádio São Bento FM por uma ouvinte que de forma desesperada, clama por um emprego. Como a reprodução nesta página pode não estar totalmente legível é prudente reproduzi-la na íntegra preservando os eventuais erros de grafia. O endereço e telefone da autora da carta que se chama Maria foram preservados para evitar retaliações à mesma:
“Gostaria que todos os locutores ‘lesse’ este anúncio. Meu nome é Maria, estou a procura de um trabalho, estou precisando muito trabalhar, eu não quero viver só de ajuda dos vizinhos, eles me ajudam muito, mais eu tenho um filho e preciso muito de um trabalho, tenho contas para pagar e não tenho dinheiro para pagar, já fui na casa do prefeito várias vezes, porque ele me prometeu um trabalho, mais quando chego lá, procuro por ele, dizem que ele não está. Mentiram porque eu escutei a voz dele e disseram que ele não estava. Preciso trabalhar ‘seje’ de doméstica, quem estiver precisando me procure: meu endereço é Rua...., bairro.... telefone.... são os meus agradecimentos. Maria.”
Essa carta reafirma cada vez mais que o povo de São Bento, que se deixou enganar com falsas promessas de emprego e melhorias de vida às vésperas da eleição, hoje paga um preço alto e está fadado a sofre as conseqüências de seus próprios erros. Tal qual Maria muitas outras pessoas continuam sendo enganadas mesmo assim, daqui a quatro anos, esses mesmos que frustraram suas esperanças baterão nas portas do povo sofrido com o bolso recheado de novas e falsas promessas e serão muito bem recebidos e agraciados com mais ‘votos de confiança’. Se a fórmula deu certo uma vez com certeza dará novamente, pois o que prevaleceu foi a prática da enganação, da falta de saúde, do descaso administrativo, do aumento da violência... Tudo que São Bento sofreu durante quatro anos foi simplesmente esquecido por muitos, em poucos minutos.

domingo, 19 de abril de 2009

Os "Acesôres" e "Cecretários" do governo Jackson Lago


A pretensão do líder político maranhense Jackson Lago, talvez fosse desde o princípio deixar o governo do Maranhão de cabeça erguida e pela porta da frente. No entanto, mais um entre tantos outros erros de assessoria, quase leva o Dr. Jackson a contrariar os seus princípios e expô-lo ao ridículo quando este foi estimulado a permanecer no Palácio dos Leões. Já em sã consciência o ex-governador teve tempo de se redimir e, numa atitude louvável, invocou a presença do presidente do Tribunal de Justiça Raimundo Cutrim para sair de fato pela porta da frente e como autêntico líder consagrado ao longo dos anos.
O mau assessoramento foi o verdadeiro marco do governo Jackson Lago. Muitos que estavam ao seu lado cometeram erros grotescos e irreparáveis cujo ônus recairá tão somente à pessoa do Dr. Jackson. Alguns dos seus assessores ou secretários se davam ao luxo de enfrentar o próprio governador não respeitando suas decisões nem mesmo acatavam suas ordens. Outros preferiram abastecer o adversário através de contratos e convênios imorais que serviam para oxigenar o inimigo. É o mesmo que alimentar a cobra para ser devorado por ela. Foi que realmente aconteceu.
E qual lição pode-se tirar desse choque de ideais onde o histórico de luta do Dr. Jackson quase foi totalmente abalado por uma equipe que confrontava os seus princípios éticos? Acho essa uma lição difícil de entender e aprender tão facilmente.
O pior de tudo isso é que alguns desses assessores e/ou secretários agiam de tal maneira seguindo os instintos de suas personalidades. Índole ruim e má fé são defeitos genéticos. As atitudes abomináveis dessas figuras perduraram até o último minuto de governo. Evidente que sem o conhecimento e o aval do governador Jackson Lago.
Lamentável mas necessário relatar a história de um secretário que desceu ao mais baixo nível que se podia imaginar. Ele foi capaz de, ao apagar da luzes, poucas horas antes do julgamento final, mandar tirar todos os móveis do local onde funcionava sua secretaria. Mesas, computadores, TV de plasma, tudo que pudesse ser aproveitado. A cena seria cômica se não fosse trágica principalmente quando tentaram tirar um sofá que não passava por uma das portas do prédio. Foi um verdadeiro malabarismo.
Atitude abominável em todas as instâncias. Não se pode compactuar com isso que tanto foi condenado ao longo da luta pela libertação do Maranhão. Infelizmente o governo que findou foi maculado por personagens com esse perfil macabro. Em contrapartida os autênticos defensores das causas que nortearam a luta contra a opressão desde o tempo da ditadura, foram tolhidos por essas figuras que se locupletaram durante esses dois anos.
Mas como dizem os historiadores populares, agora não adianta chorar pelo leite derramado, o estrago já está feito. Será bom para o Maranhão e para os homens de bem deste país que essa atitude tresloucada e insana não seja atribuída ao ex-governador Jackson Lago que pecou sim, por ter deixado o seu governo ser conduzido por algumas pessoas erradas e totalmente despreparadas.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Hipocrisia, dissimulações e oportunismo barato

A partir do momento em que ficou provável a cassação do governador Jackson Lago, aliados do prefeito de São Bento correram atrás dos adesivos que fazem alusão à volta da senadora Roseana Sarney ao comando do Maranhão e ao final da primeira semana deste mês de abril, começaram estampar em seus vários carros importados e outros mais que circulam naquela cidade e na capital maranhense.
Desde quando assumiu o primeiro mandato, o atual prefeito e seus comandados hostilizaram a senadora Roseana e tiraram todo proveito possível do então governador José Reinaldo Tavares a quem juraram fidelidade. Vários recursos foram liberados para São Bento através de convênios cujos valores nunca chegaram aos seus verdadeiros destinos.
Na eleição de 2006 quando Roseana disputava o governo do Maranhão onde obteve o segundo lugar, o prefeito de São Bento fez a diferença ao dedicar seu apoio ao candidato Edson Vidigal do PSB.
Durante toda administração do governador Jackson Lago, esse mesmo prefeito foi um dos maiores beneficiados na região da baixada, obtendo vultosas quantias em dinheiro através de recursos conseguidos para São Bento, mas que também nunca foram devidamente aplicados em benefício da população.
Os aliados que intermediavam esse link entre o prefeito de São Bento e o governo do Estado comandado por Jackson Lago eram o deputado estadual Rubens Pereira Junior- PRTB e seu pai Rubens Pereira e os deputados federais Carlos Brandão - PSDB, Ribamar Alves - PSB e Domingos Dutra do PT. Todos esses participaram diretamente das campanhas eleitorais ao lado do prefeito e seu grupo.
Os laços políticos e afetivos que envolvem prefeito e deputados são tão fortes que ao apagar da luzes já neste mês de abril o prefeito de São Bento recebeu do governo do Maranhão, quase 1 milhão de reais para "executar" um suposto sistema de saneamento básico em dois povoados que não tem nem 30 casas cada.
Na manhã desta sexta feira, 17 confirmada a cassação de Jackson Lago, o prefeito mandou seus carros de som circularem nas ruas da cidade tocando músicas de Roseana regadas a muito foguete com a intenção de fazer chegar aos ouvidos da governadora demonstrando que seu grupo sempre foi fiel a ela.
Agora resta saber se Roseana Sarney vai realmente priorizar o seu aliado de longas datas no município João Muniz ou vai se render aos encantos de quem vem pautando sua vida à prática de enganos, dissimulações e oportunismo barato.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Notas interessantes

UMA ESTRATÉGIA MAGISTRAL
Durante todo o dia de terça feira 07, a população de São Bento ficou em estado de êxtase ocasionada por uma estratégia de marketing realizada por uma empresa do Paraná. Tudo começou quando a empresa MAGISTRAL divulgou em carro de som e na rádio local que estava oferecendo ótima proposta de emprego com possibilidade de pagar até mais de dois salários mínimos. Concluía a nota: “para saber todos os detalhes, ouça a rádio São Bento FM nesta terça às 11 horas da manhã”. Foi uma verdadeira loucura. Pessoas ligavam e até mesmo iam à emissora de currículos nas mãos e com o objetivo de conseguirem um bom emprego.
Na hora marcada, quase toda a população da cidade ficou ligada esperando o grande momento, quando finalmente o responsável pela empresa, Christian Caceres fez as devidas explicações e acabou com todo mistério. Afirmou que a Magistral é uma empresa de capacitação profissional que estava na região para promover cursos às pessoas interessadas em confeccionar peças intimas e ainda, que o preço da matrícula seria R$ 30,00. A decepção foi geral isso porque já tinha gente na cidade se despedindo dos pais, das esposas e dos filhos acreditando que havia chegado a grande oportunidade de suas vidas com bom emprego no Paraná. Mesmo depois de tudo devidamente explicado, ainda compareceram mais de cem pretendentes no auditório da Escola Piamarta com a intenção de fazer o tal curso. Esse fato serviu para comprovar o sofrimento vivido pelo povo do município que não tem opção de emprego e renda e às vezes tem que se submeter a qualquer coisa para vencer suas decepções.
FILA PARA PALMEIRÂNDIA
Desde o final do ano passado, centenas de pessoas têm sido demitidas dos contratos de última hora do município de São Bento. Muitas foram contratas em troca de um voto de confiança e com a promessa de serem efetivadas no emprego municipal. Acontece que depois da eleição de outubro essas pessoas perderam seus valores e agora estão na famosa ‘rua da amargura’ e chorando barbaridade. Muitos ainda dizem: “Ah se arrependimento matasse!!!” Só que arrependimento não mata mas burrice maltrata. Com isso, tem muita gente recorrendo ao município de Palmeirãndia na tentativa de consegui uma renda qualquer, quer seja pelo município ou como prestador de algum serviço. Hoje, até vendedores de peixe e camarão de São Bento estão atravessando a barragem do Cauaçu para venderem seus produtos naquela cidade.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Crônica de um País de Araque

Nos dias de hoje é muito fácil encontrar transitando em qualquer lugar do mundo pessoas sem um mínimo de escrúpulo e muito menos senso de responsabilidade. Num país nada distante chamado Avilanos esse hábito está ficando cada vez mais corriqueiro. É naquele país outrora promissor que a dignidade de alguns cidadãos chega a valer um tantinho assim de dinheiro. São pessoas que comercializam seus sonhos em troca de um ato simplório em uma Zona qualquer e decidem em Seção única, multiplicada por tantas outras, implantar um longo pesadelo macabro.
Lá, a fragilidade das pessoas é percebida à distância quando uma simples promessa da eterna vida boa as deixa em estado de graça. Para elas não bastar já terem sido enganadas. Não é suficiente terem sido espezinhadas. O que vale para alguns é o momento que lhes permite receber, mesmo que por pouco tempo, 300, 200 ou até 100 reais ilusórios. Enquanto isso, o chefe de araque zomba e ri da desgraça dos pobres coitados. Ô coitados! Entre os seus, é o chefe de araque quem diz: “Eita povo besta! Ô povo que gosta de ser enganado!”
Sabendo como agir naquele país o chefe de araque executa sua tradicional e famosa prática administrativa: Chicotear e massacrar a plebe porque sabe que se precisar dela num futuro próximo é só dar mais uns reais ilusórios para essa mesma plebe esquecer que apanhou que sofreu e que continua penando e agonizando.
Naquele país a economia é atípica do que se vê no mundo afora. Em Avilanos é onde tem o cara que declara ser pobre, pobre, pobre de dá dó, mas no entanto ostenta a maior riqueza do lugar. E tem gente que ainda acredita. Que pobreza!!
E aí então, alguém diz pro "pobre" chefe de Araque: Môço, o povo ta reclamando porque aqueles empregos que prometemos ainda não demos. Os que tavam empregados já foram tirados; a saúde ta precária, tem gente desesperado e passando fome. O que nós faz?
E falando com voz mansa o manhoso chefe de Araque do governo de Avilanos decreta: vamos fazer uma festa e botar esse povo idiota pra dançar, pular e beber que assim todo mundo esquece o que ta passando. E eu ainda vou aproveitar para trazer um dos meus carros importados que me dei de presente de aniversário do lugar. Tenha certeza que ninguém nem vai notar. A plebe gosta é disso. Hoje, até na internet só vai se for com @ (arrouba).
E assim vão se passando os dias, os meses e anos e o que vai prevalecendo no país desencantado de Avilanos são provérbios antigos tais como: “não adianta chorar pelo leite derramado”
Enquanto isso nas mansões do tal chefe de araque estão sendo montados outros planos de como dar mais uma rasteira no pobre povo plebe e ainda fazer com que esses mesmos continuem achando que tudo está muito bem obrigado! E ainda tem besta que diz: Isso é que é home bom!!

sábado, 4 de abril de 2009

Acidentes de motos: imprudência ou tragédia anunciada?

É lamentável sob todos os aspectos assistir no semblante de pais e mães o desconsolo de perder um filho de forma precoce. Mais triste ainda é ver as lágrimas ocasionadas por uma tragédia anunciada.
Nos últimos anos, o município de São Bento tem vivenciado cenas comoventes onde jovens têm figurados como protagonistas de um verdadeiro filme de horror. São pessoas que tiveram seus sonhos e planos ceifados pelos trágicos acidentes de motos ocorridos no município.
Para quem não está vivendo o drama das famílias que perdem seus entes queridos é sempre muito fácil julgar de forma precipitada as causas que levam à tragédia, no entanto para os que choram e sentem a dor da perda, as razões ou causas se misturam a revolta e ao inconformismo.
Não é possível dizer se tantos acidentes de motos ocorridos em São Bento são conseqüências de imprudência ou simplesmente, se fazem parte da estatística de uma tragédia anunciada. As exigências impostas pelas leis do trânsito e que muito vem sendo mostradas através dos meios de comunicação, ainda não surtiram o efeito desejado. Conduzir veículos em alta velocidade e até mesmo sob efeito do álcool tem se tornado prática comum nos dias de hoje.
Mesmo que muitos ainda estejam alheios às conseqüências que essas práticas podem levar, não se pode ficar levianamente apontando culpados. Vale enfatizar que a fatalidade caminha lado a lado com o inesperado acaso isso por que, nem todas as vítimas estavam sob efeito do álcool ou empreendiam velocidade exagerada. Um pequeno descuido sobre o veículo de duas rodas, nas ruas de nossa cidade ou um simples golpe do destino pode colocar qualquer cidadão, por mais cuidadoso que seja no rol dessa triste estatística.
Nos dias de hoje é sempre prudente seguir os conselhos dos pais, aumentar a dose de cuidado, fazer uma breve oração antes de sair de casa e pedir a Deus que nossas famílias não sejam abaladas por essas fatalidades da vida.