quarta-feira, 15 de maio de 2013

Coisas que só acontecem em São Bento

A edição do dia 12 de maio, domingo do Jornal Pequeno, publicou o artigo do membro da Academia Sambentuense de Letras, Antonio Carlos Coelho, que vale repercutir neste blog.
O artigo pode ser lido na página impressa ou também na publicação on-line do Jornal Pequeno
Coisas que só acontecem em São Bento
Antônio Carlos Coelho*

São Bento, querida terra da Baixada Ocidental Maranhense, berço de homens ilustres, terra que já deu governador de Estado, saudoso (Newton de Barros Bello), deputado brilhante e atuante (Isaac dias), terra do muçum, da jaçanã, do bagrinho e do queijo sempre imitado, mas jamais igualado.
Nossa querida São Bento, hoje vítima de maus administradores, está para desaparecer, está agonizando, ainda com um fio de esperança de que o novo comando não a deixe morrer.
Nesta Terra tão querida e abençoada pelos deuses, acontecem coisas inusitadas, coisas que são difíceis de acreditar, mas que realmente acontecem, senão vejamos:
O ex-prefeito que dizimou a cidade, em todos os sentidos, continua solto, sem prestar contas á justiça dos seus atos ilícitos e ainda alardeando que será o deputado mais votado nas próximas eleições.
O ‘Campo Santo’ (cemitério) está tão degradado, tão abandonado e sem novas vagas, que os gigantes pés de urtiga não permitem que visitemos nossos entes queridos ali sepultados.
Uma permissão antiga, irresponsável, maldosa e que agride sobremaneira o Meio Ambiente, de mais ou menos oito anos, fez com que numerosas famílias edificassem suas casas ao longo da Barragem que Liga São Bento a Bacurituba, cujos detritos advindos dessas comunidades infectem os peixes vendidos a preços exorbitantes à população que na sua maioria não sabe que está digerindo um forte veneno que fatalmente irá atingir a sua saúde.
Com o advento da Bolsa Família, Bolsa Escola, Bolsa Maternidade e outras mais, idealizadas pelo grande Cientista, Filósofo e Pós Graduado em Planejamento Lula, uma considerável parcela da juventude e mesmo os mais velhos, deixou de plantar e produzir, resultando em incontáveis frotas de Motos, com seus condutores sem capacete e nenhum respeito aos transeuntes, façam de São Bento a Terra mais sem lei do planeta. O dinheiro recebido por essas famílias presumidamente pobres e pagos com nossos impostos, são utilizados para motorizar filhos e netos, que acham que trabalhar e estudar são coisas de otário.
Por fim, aquilo que atinge pesadamente o emocional do sambentuense, ou seja: a Igreja de São Bento possuía um Sino milenar, dizem os antigos, com grande parte dele fabricado em ouro, que ao badalar chamando para a Missa ou mesmo quando do seu toque fúnebre, era ouvido nos povoados Poleiro, Tucum, Salinas, Ilha do Brito e até em outros municípios próximos, simplesmente desapareceu em uma fatídica noite, surgindo em seu lugar um Sino tão pequenino, que não é ouvido nem na parte térrea dessa Igreja também milenar, que orgulha os sambentuenses. Comentários à boca pequena dão conta de que esse Sino encontra-se na Itália e assim sendo, aproveitamos a oportunidade para perguntar, a quem tem infindáveis serviços prestados a São Bento, a quem sempre se portou de modo digno e transparente e que é por demais querido e respeitado. Padre Lourenço, vossa reverendíssima, pode nos informar alguma coisa a respeito desse fato?
*Membro da Academia Sambentuense.