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Coisas que só acontecem em São Bento
Antônio
Carlos Coelho*
São Bento,
querida terra da Baixada Ocidental Maranhense, berço de homens ilustres, terra
que já deu governador de Estado, saudoso (Newton de Barros Bello), deputado
brilhante e atuante (Isaac dias), terra do muçum, da jaçanã, do bagrinho e do
queijo sempre imitado, mas jamais igualado.
Nossa
querida São Bento, hoje vítima de maus administradores, está para desaparecer,
está agonizando, ainda com um fio de esperança de que o novo comando não a
deixe morrer.
Nesta
Terra tão querida e abençoada pelos deuses, acontecem coisas inusitadas, coisas
que são difíceis de acreditar, mas que realmente acontecem, senão vejamos:
O
ex-prefeito que dizimou a cidade, em todos os sentidos, continua solto, sem
prestar contas á justiça dos seus atos ilícitos e ainda alardeando que será o
deputado mais votado nas próximas eleições.
O ‘Campo
Santo’ (cemitério) está tão degradado, tão abandonado e sem novas vagas, que os
gigantes pés de urtiga não permitem que visitemos nossos entes queridos ali
sepultados.
Uma
permissão antiga, irresponsável, maldosa e que agride sobremaneira o Meio
Ambiente, de mais ou menos oito anos, fez com que numerosas famílias
edificassem suas casas ao longo da Barragem que Liga São Bento a Bacurituba,
cujos detritos advindos dessas comunidades infectem os peixes vendidos a preços
exorbitantes à população que na sua maioria não sabe que está digerindo um
forte veneno que fatalmente irá atingir a sua saúde.
Com o
advento da Bolsa Família, Bolsa Escola, Bolsa Maternidade e outras mais,
idealizadas pelo grande Cientista, Filósofo e Pós Graduado em Planejamento
Lula, uma considerável parcela da juventude e mesmo os mais velhos, deixou de
plantar e produzir, resultando em incontáveis frotas de Motos, com seus
condutores sem capacete e nenhum respeito aos transeuntes, façam de São Bento a
Terra mais sem lei do planeta. O dinheiro recebido por essas famílias
presumidamente pobres e pagos com nossos impostos, são utilizados para
motorizar filhos e netos, que acham que trabalhar e estudar são coisas de
otário.
Por fim, aquilo
que atinge pesadamente o emocional do sambentuense, ou seja: a Igreja de São
Bento possuía um Sino milenar, dizem os antigos, com grande parte dele
fabricado em ouro, que ao badalar chamando para a Missa ou mesmo quando do seu
toque fúnebre, era ouvido nos povoados Poleiro, Tucum, Salinas, Ilha do Brito e
até em outros municípios próximos, simplesmente desapareceu em uma fatídica
noite, surgindo em seu lugar um Sino tão pequenino, que não é ouvido nem na
parte térrea dessa Igreja também milenar, que orgulha os sambentuenses.
Comentários à boca pequena dão conta de que esse Sino encontra-se na Itália e
assim sendo, aproveitamos a oportunidade para perguntar, a quem tem infindáveis
serviços prestados a São Bento, a quem sempre se portou de modo digno e transparente
e que é por demais querido e respeitado. Padre Lourenço, vossa reverendíssima,
pode nos informar alguma coisa a respeito desse fato?
*Membro da
Academia Sambentuense.