Guarda municipal age com violência e agride pescador em São Bento

EM TEMPO: O jovem Ronaldo de Jesus Alves, vítima citada na matéria abaixo, após uma série de exames e consultas em São Luis desde o período que foi agredido, faleceu no dia 20 de fevereiro em São Bento, deixando dois filhos menores e a esposa grávida de gêmeos.

Atualizado em fevereiro de 2012

Mais uma vez um guarda municipal de São Bento agiu com truculência agredindo a quem deveria proteger e orientar. O fato aconteceu na manhã da última quinta feira, 12 em plena feira municipal onde o guarda identificado por Audelino, mais conhecido como “Preto” desferiu vários golpes de cacetete no pescador Ronaldo de Jesus Alves.

O motivo da agressão considerada covarde por quem presenciou a cena foi simplesmente porque o pescador Ronaldo estava vendendo peixe em um local não permitido pela prefeitura, ou seja, na própria feira. Ao perceber que o pescador havia colocado seus três cofos contendo peixes para a devida comercialização, o guarda “Preto” no auge de sua autoridade e arrogância intercedeu e “ordenou” que o mesmo saísse daquele local o que foi questionado pelo pescador alegando que ele estava ali apenas trabalhando e buscando o sustento da família. Ronaldo Alves reside na Rua 15 de Novembro bairro São Judas, tem 25 anos é pai de duas crianças menores de 3 anos e sua esposa está grávida de 7 meses de gêmeos. Apesar dos argumentos, o guarda insistiu em retirar o pescador do local e o empurrou com violência provocando o revide o que acirrou mais ainda a fúria do guarda que passou a agredir o Ronaldo com seu cacetete sem dó nem piedade.

Essa atitude foi condenada pelas pessoas que estavam no local, que conseguiram intervir evitando uma tragédia. O pescador foi levado por uma senhora identificada como Maria Emília ao hospital do Bairro São Judas. O estado de saúde dele inspira cuidados, pois ele ainda apresenta fortes dores nas costa, costelas, cabeça e sente dificuldades para andar.

Mais uma vez, nenhuma atitude que possa coibir essa prática foi tomada por parte dos seus superiores o que demonstra claramente que há complacência e conivência com essas atitudes violentas patrocinadas por determinados guardas municipais de São Bento. Em situações como essa, já ocorridas em um passado recente, onde foram vítimas também de guardas municipais, um carroceiro, um mototaxista e um vendedor ambulante, o procedimento tomado pelo comando da guarda do município foi denunciar na delegacia a vítima, ou seja, aquele que apanhou, como se esse fosse de fato o culpado pelo ocorrido. Assim também foi feito no caso do pescador Ronaldo que foi denunciado na Delegacia de Polícia como o verdadeiro culpado e o mesmo ainda teme ser preso.

Em tempo: Consideramos o serviço da guarda municipal de extrema importância para a população do município, principalmente no controle do trânsito. Somos conhecedores que existem bons guardas que exercem com respeito e dedicação essa função. Lamentável que alguns poucos usam de expedientes violentos que só tem comprometido o trabalho e a imagem de toda categoria. Não se pode admitir que um funcionário PAGO pela população, se dedique tão somente a agredir o cidadão de bem ou a quem quer que seja. Inaceitável, ilegal e acima de tudo, imoral.