quarta-feira, 9 de julho de 2014

Após denuncias ao CNJ, temendo pela própria vida, jornalista encaminha cartas aos órgãos de Segurança do Estado do Maranhão.

Após formular denuncia contra o magistrado Sidney Cardoso Ramos ao CNJ e ciente da periculosidade das pessoas do grupo político citado na denúncia, enviei no dia 08 de novembro de 2013 uma carta à Procuradora Geral de Justiça do Maranhão, Dra. Regina Lúcia de Almeida Rocha e ao então Secretário de Estado de Segurança, Aluísio Mendes. Confira abaixo a íntegra da carta que tem o mesmo teor para os dois, com os respectivos comprovantes de recebimento.
Comprovantes AR - do envio e recebimento das correspondências

São Bento (MA), 08 de novembro de 2013

Exma. Sra.
Dra. Regina Lúcia de Almeida Rocha
Procuradora-Geral de Justiça do Estado do Maranhão
São Luis - MA.

  
Senhora Procuradora Geral,

                          Meu nome é Isanilson José Dias, jornalista com registro profissional MA00382JP, CPF.xxxxx, RG. xxxx, residente e domiciliado na Rua Newton Bello no Centro de São Bento - Maranhão, venho com devido respeito a Vossa Excelência, manifestar elevado estado de preocupação com minha integridade física e minha vida, assim como de todos os meus familiares, pelas seguintes razões:
1.      Em abril do ano passado, devido a denuncias feitas, na qualidade de jornalista, contra determinado grupo político nesta cidade de São Bento, sofri ameaças de morte o que me levou a comunicar tal fato a essa própria Procuradoria e também à Secretaria de Estado de Segurança do Maranhão, mesmo assim, até o momento não houve nenhuma ação concernente a esse assunto;
2.      No mês de setembro último, por entender que houve decisão tendenciosa do Juiz da Comarca de São Bento em dois processos contra minha pessoa, de números 130/08 e 134/08 em favor respectivamente de Sulanita da Conceição Sousa e José de Alencar Macedo Alves, denunciei o magistrado Sidney Cardoso Ramos ao Conselho Nacional de Justiça, à Corregedoria Geral de Justiça, aos Tribunais de Justiça e Eleitoral do Maranhão e também às Corregedorias de Justiça e Eleitoral do Maranhão, fundamentando as razões que me levaram acreditar na parcialidade do juiz e mais ainda, declinando as fortes e evidentes SUSPEITAS das ligações do magistrado ao grupo político do ex-prefeito de São Bento (2005 a 2012), o que defendo, foi fator preponderante para proferir tais decisões;
3.    Ocorre que as ameaças sofridas naquela ocasião em 2012, foram oriundas desse mesmo grupo, que tem como seu integrante o advogado e ex-procurador do município durante os dois mandatos (oito anos) do ex-prefeito citado, José de Alencar Macedo Alves que é parte interessada em um dos processos. Vale ressaltar que o referido grupo teve o ex-prefeito acusado de envolvimento no assassinato de grande repercussão no Maranhão, do ex-presidente da Colônia de Pescadores de São Bento José Carlos Aroucha, ocorrido nesta cidade em 07 de setembro de 2003, cujo advogado de sua defesa era também o Sr. José de Alencar;
4.   Gostaria que entendesse Excelência, que tamanha preocupação não se trata de devaneio, pois estamos assistindo a todo instante, como a vida ficou banalizada na ótica dos bandidos, havendo facilidade para qualquer criminoso travestido de autoridade ou figura da sociedade, patrocinar muitos delinqüentes, principalmente menores de idade, a tirarem o bem mais precioso do ser humano, que é a vida. Parece ter ficado comum praticar crimes de execuções e assassinatos sem que nada aconteça a seus executores e mandantes. Para a vítima o que resta é virar estatística e aos seus familiares, o desmoronamento total pela perda do ente querido.
5.   Minha preocupação é que pessoas do referido grupo, descontentes com essas denúncias e no intuito de prestar serviço (à revelia ou não) buscando agradar ao próprio magistrado e seus afins, possam atentar contra minha vida, dos meus filhos e meus familiares, agindo das mais diversas e torpes formas que possam disfarçar um crime, dentre as quais, simulando um acidente automobilístico ou mesmo um assalto, isentando-os assim, de quaisquer suspeitas de responsabilidade.

                          Senhora Procuradora de Justiça, peço que entenda o temor deste cidadão comum, pai de família, que sente receio do que pode vir acontecer. Minha intenção não é fantasiar um drama, entretanto, não pretendo aguardar passivamente que um fato trágico seja consumado, para que só então minhas suspeitas se confirmem, por essa razão que venho à presença de Vossa Excelência manifestar esse sentimento de preocupação e solicitar o seu apoio dentro das atribuições que o cargo lhe confere.

Atenciosamente

Isanilson José Dias
Telefone: (98) xxxxxxxxx

Anexos:
1 – Cópias de documentos pessoais
2 – Cópia do Pedido de Providências do CNJ

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