A máscara do Lula

O metalúrgico, sindicalista e agora Presidente da República do Brasil, Lula da Silva ainda não conseguiu tirar a máscara e mostrar ao povo brasileiro quem realmente é. Em tempos de lutas sindicais adotava uma postura adversa dos dias atuais onde condenava tudo que ia de encontro aos interesses dos menos favorecidos e mais desprestigiados.
A obsessão de ser presidente da nação, após três derrotas fragorosas para os Fernandos Color e Henrique Cardoso, o fez virar do avesso e mudar os seus princípios e métodos. Submeteu-se aos encantos daqueles que tanto combatia no passado e passou a usar as mesmas táticas dos políticos que antes condenava.
Nos dias de hoje, o Lula presidente parece estar submisso a um sistema implantado por antigos desafetos e hoje aliados incondicionais. O resultado disso: o rótulo de um governo marcado pelos escândalos de corrupção, mensalão, dólares dos pés à cueca, desvios de conduta e de recursos. A receita para vencer esses contratempos tem sido agir de forma sorrateira fingindo que nada está acontecendo enquanto isso, se acha amparado pela indústria eleitoreira do ‘bolsa família-vota-em-mim’ e agora do PAC. E o povo... sifu, palavra usada por ele.
Desprestigiar tradicionais aliados de antigas lutas tem sido o marco da nova postura política do Lula. Não foi à toa que em 22 de junho de 2004 ele foi hostilizado e sonoramente vaiado por militantes do PDT no enterro de ex- companheiro Leonel Brizola no Rio de Janeiro. Naquela ocasião, ‘traidor’ era a palavra de ordem. Constrangido, não teve outra reação senão sair pela direita.

A máscara que cobre face do Lula de hoje talvez o proteja da gripe suína, mas não consegue esconder as facetas do chefe da nação que desprestigia antigos aliados de lutas e tribulações. Agora do outro lado do campo de batalha, o presidente brasileiro Lula da Silva assiste comodamente os ex-companheiros perderem a guerra para os seus novos e fieis amigos. E ele ainda consola: "isso é só uma marolinha".