quarta-feira, 8 de abril de 2009

Crônica de um País de Araque

Nos dias de hoje é muito fácil encontrar transitando em qualquer lugar do mundo pessoas sem um mínimo de escrúpulo e muito menos senso de responsabilidade. Num país nada distante chamado Avilanos esse hábito está ficando cada vez mais corriqueiro. É naquele país outrora promissor que a dignidade de alguns cidadãos chega a valer um tantinho assim de dinheiro. São pessoas que comercializam seus sonhos em troca de um ato simplório em uma Zona qualquer e decidem em Seção única, multiplicada por tantas outras, implantar um longo pesadelo macabro.
Lá, a fragilidade das pessoas é percebida à distância quando uma simples promessa da eterna vida boa as deixa em estado de graça. Para elas não bastar já terem sido enganadas. Não é suficiente terem sido espezinhadas. O que vale para alguns é o momento que lhes permite receber, mesmo que por pouco tempo, 300, 200 ou até 100 reais ilusórios. Enquanto isso, o chefe de araque zomba e ri da desgraça dos pobres coitados. Ô coitados! Entre os seus, é o chefe de araque quem diz: “Eita povo besta! Ô povo que gosta de ser enganado!”
Sabendo como agir naquele país o chefe de araque executa sua tradicional e famosa prática administrativa: Chicotear e massacrar a plebe porque sabe que se precisar dela num futuro próximo é só dar mais uns reais ilusórios para essa mesma plebe esquecer que apanhou que sofreu e que continua penando e agonizando.
Naquele país a economia é atípica do que se vê no mundo afora. Em Avilanos é onde tem o cara que declara ser pobre, pobre, pobre de dá dó, mas no entanto ostenta a maior riqueza do lugar. E tem gente que ainda acredita. Que pobreza!!
E aí então, alguém diz pro "pobre" chefe de Araque: Môço, o povo ta reclamando porque aqueles empregos que prometemos ainda não demos. Os que tavam empregados já foram tirados; a saúde ta precária, tem gente desesperado e passando fome. O que nós faz?
E falando com voz mansa o manhoso chefe de Araque do governo de Avilanos decreta: vamos fazer uma festa e botar esse povo idiota pra dançar, pular e beber que assim todo mundo esquece o que ta passando. E eu ainda vou aproveitar para trazer um dos meus carros importados que me dei de presente de aniversário do lugar. Tenha certeza que ninguém nem vai notar. A plebe gosta é disso. Hoje, até na internet só vai se for com @ (arrouba).
E assim vão se passando os dias, os meses e anos e o que vai prevalecendo no país desencantado de Avilanos são provérbios antigos tais como: “não adianta chorar pelo leite derramado”
Enquanto isso nas mansões do tal chefe de araque estão sendo montados outros planos de como dar mais uma rasteira no pobre povo plebe e ainda fazer com que esses mesmos continuem achando que tudo está muito bem obrigado! E ainda tem besta que diz: Isso é que é home bom!!

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei da crônica! Tá bem original, direcionada e sem ser muito específica. Acho que tu encontras aí o caminho para faze teus comentários. Peço a Deus que te proteja e guarde dos malfeitores da cidade dos A... (como é mesmo o nome da cidade?. Fica com Jesus! Beijos, Pingo

Isadora Dias disse...

Tá ficando melhor que Arnaldo Jabor, hein, tio?
EXCELENTE!!! Parabéns! O senhor é realmente divino no que faz; nasceu pra rescrever.
Parabéns pelo blog de altíssimo nível.
Te amo muito! Beijo
:D